Como qualquer criança sempre gostei de brincar, pular, cantar, rir e estar com amiguinhos, mas sobretudo era muito bom ficar sentada no chão do meu quarto copiando todos os desenhos de que gostava. Adorava sentar-me ao lado de um vizinho para ver surgir de seus riscos lindos desenhos. Nem sempre ele usava referência... era como se o lápis pudesse ver o que havia em sua mente. Isso me fascinava. Ficava encantada, e ainda fico, ao ver pessoas desenhando....nos trens, metrôs e pracinhas. Durante o período escolar aguardava ansiosa pelas aulas de artes. Receber, com o material novo, os lápis de cor, canetinhas e giz de cera era um momento único. Os anos se passaram e o interesse pelo desenho ficou adormecido, mas sempre ficava atenta quando o assunto surgia. Quando adulta decidi retomar essa paixão e, após indicação de uma grande amiga, fiz minha matrícula na Oficina Cultural Alfredo Volpi para o curso de Iniciação ao Desenho e não parei mais. Logo me formei em Artes Visuais. Com o término da faculdade abri mão das técnicas que nela conheci optando por seguir apenas com o desenho. Hoje percebo que em cada traço que faço fica um pouco de mim, da minha história e da maneira como vejo o mundo, seja no traçado duro e cinza dos dias nublados e frios, seja no traçado leve e de tons pastéis dos dias de paz ou ainda nas cores vibrantes que me exige os dias mais ensolarados.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Desenho de observação: Ferro de passar roupa


Uma coisa aprendi: devemos encarar nossos inimigos de frente. Não, não estou louca. Passar roupa é uma tarefa que eu odeio. E o ferro é meu maior inimigo nos finais de semana. Esse é um momento que fico muito irritada, nervosa mesmo. Menos mal que nem todas as roupas que tenho precisam ser passadas, mas ainda assim não é a maioria :(.

Já faz um tempo que estava com vontade de desenhá-lo.

Fiz um rascunho, passei para o papel canson 300 gr e me arrisquei mais uma vez no mundo tenebroso do nanquim (o tal nanquim japonês ou chinês). Sim, tenebroso porque não tenho um pingo de medo de usar o grafite, mas quando se trata de qualquer outro material eu sento, choro e me apavoro. Vivo o mesmo suspense dos famosos filmes de  Alfred Hitchcock. Sem exageros. É assim que me sinto. 


Eu não nego que amo demais usar grafite, mas também sinto falta de utilizar outras técnicas. Faz tempo que comprei esse nanquim e ainda bem que está bom.  \o/
Tentei usar a técnica do nanquim aguado, não saiu como imaginei, mas mesmo assim gostei do resultado. Conseguiu fazer um sombreamento bem singelo com a aguada. Ainda tremo um pouco com o bico de pena, mas percebi que tremi bem menos que no outro trabalho. Enfim, acho que começo a pegar as "manhas" dessa técnica. 

Material: papel sulfite, lápis faber castell 6B, nanquim, papel canson 300gr, pincel pelo de marta e bico de pena (escolar mesmo).





5 comentários:

  1. Nossa! Ficou muito bom esse desenho do ferro de passar. Quando olhei a imagem sem ampliar, pensei que a área cinza fosse grafite, mas depois que li direitinho e vi que era aguada de nanquim, fiquei embasbacada.

    Eu tenho medo de fazer aguada de nanquim, sou muito desastrada e com certeza vou fazer algo ruim. Quando eu tiver um desenho bem feinho, aí sim eu termino de estragar. rs

    Sobre seu nanquim ser japonês ou chinês... não tem essa informação no rótulo? >.<

    Abs

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  2. Nane
    Confesso que usei o nanquim com muito medo de estragar, mas fui diluindo, diluindo ainda mais e sempre testando antes de pintar o desenho. Esse ai foi o resultado. Nada perfeito, mas gostei.

    Então, só tem ideogramas. A moça da loja me garantiu que é um dos que mais vende, comprei em papelaria que tem produtos próprios para o mundo das artes.

    Abs e obrigada por comentar.

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  3. Fiquei curiosa agora pra saber desse nanquim. XD

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  4. Nane
    Estou devendo enviar a foto para seu e-mail. Acredito que no próximo final de semana eu consiga. Mil sorrys pela demora. É a vida corrida :(

    Obrigada por comentar.

    Abs

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