Como qualquer criança sempre gostei de brincar, pular, cantar, rir e estar com amiguinhos, mas sobretudo era muito bom ficar sentada no chão do meu quarto copiando todos os desenhos de que gostava. Adorava sentar-me ao lado de um vizinho para ver surgir de seus riscos lindos desenhos. Nem sempre ele usava referência... era como se o lápis pudesse ver o que havia em sua mente. Isso me fascinava. Ficava encantada, e ainda fico, ao ver pessoas desenhando....nos trens, metrôs e pracinhas.
Durante o período escolar aguardava ansiosa pelas aulas de artes. Receber, com o material novo, os lápis de cor, canetinhas e giz de cera era um momento único. Os anos se passaram e o interesse pelo desenho ficou adormecido, mas sempre ficava atenta quando o assunto surgia.
Quando adulta decidi retomar essa paixão e, após indicação de uma grande amiga, fiz minha matrícula na Oficina Cultural Alfredo Volpi para o curso de Iniciação ao Desenho e não parei mais. Logo me formei em Artes Visuais. Com o término da faculdade abri mão das técnicas que nela conheci optando por seguir apenas com o desenho. Hoje percebo que em cada traço que faço fica um pouco de mim, da minha história e da maneira como vejo o mundo, seja no traçado duro e cinza dos dias nublados e frios, seja no traçado leve e de tons pastéis dos dias de paz ou ainda nas cores vibrantes que me exige os dias mais ensolarados.
domingo, 3 de novembro de 2013
Desenho de observação cadeiras
Você diria que esses desenhos foram feitos pela mesma pessoa?
É a mesma cadeira, ok?
Se disse Não, você errou.
Foram feitos pela mesma pessoa. Eu. Realizado com apenas 1 semana de diferença.
Engraçado como o sentimento também influencia no resultado dos trabalhos. O primeiro foi feito num dia em que eu estava preocupada e não conseguia me concentrar, embora estivesse com vontade de desenhar. O segundo foi feito no mesmo lugar, numa cafeteria, e com a mesma cadeira como modelo. Neste último eu estava tranquila, relaxada ....
Acho incrível essa influencia dos sentimentos, mesmo quando os desenhos não saem "perfeitos" fica nítido o que estou sentindo.
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